terça-feira, 31 de maio de 2011

Singular diversidade.



Há tempos que a surpresa, esta ninfa voluntariosa, não me presenteava com sua visita. Eis que numa bela noite de abril, espreitando uma vernissage na Galeria Cañizares, a encontro esparramada sobre as obras de Carlos Eduardo Góes, o Kadur. Entre “Transplantes” e “Corpos”, a exposição transbordava conceituações artísticas sobre a relação corpórea com o ambiente, e de como a diversidade é inerente ao que é humano. Passado e futuro estavam ali em mútuo acordo, quase espelhos um do outro. A multiplicidade de técnicas trazia no bojo o essencial: de que para ser único é necessário saber de muitos. E este artista sabe, a exemplo de sua obra “Novo Prometeu”, onde gravura, pintura e escultura se fundem sincronicamente, dando forma  a um novo ser. Alguns se perguntarão por que demorei a escrever sobre ele, e aqui respondo: apenas hoje a surpresa saiu da minha alma...