É um imenso prazer (tim-tim, na taça com prosecco) inaugurar o Maria Vernissage. Aqui será um espaço para a divulgação e discussão - por que não?- do que acontece no campo das artes visuais em Salvador. Para iniciar nossa conversa tenho que parabenizar a Dimus e o (fofo) Daniel Rangel pela injeção cultural que esta cidade debilitada estava necessitando, e que continuem em doses alopáticas!
O Programa Ocupas, com montagens site specifics, vem trazendo ao nosso deleite artistas como José Rufino e Carlito Carvalhosa, e agora temos Eder Santos. Sim, artista renomado, que utiliza a linguagem audiovisual para comunicação e carimba nesta mostra sua habilidade e criatividade com os recursos high tech tão tipicamente seus.
Descreverei aqui o trajeto que fiz e admito que me surpreendi...Primeiro o Salão Nobre, que apresenta a Galeria das Almas. Confesso que esperei totens gigantes com suas nuvens dançantes e encontrei algo em torno de 1,70m...Depois de cinco minutos observando o ambiente, esqueci o (pré)conceito e me deliciei com o contraste entre o espaço rococó e as peças futuristas. Ah! Fica melhor ainda se conseguirem visitar com quase ninguém por perto. Ainda no Salão Nobre encontramos a obra Humilhação, um conjunto criado entre o genuflexório pertencente ao acervo do Palácio e um quadro onde se projeta o trecho estático de um vídeo, onde vemos duas mulheres. A estrutura desta imagem me lembrou um daqueles livros infantis com holograma, onde o mexíamos e a capa mudava o desenho. Algo curioso: ao lado do genuflexório tem uma....concha. Declaro humildemente que não entendi a concha. Saí um tanto tensa, talvez fossem os acordes dodecafônicos da trilha musical, ou a incômoda sensação de ser perscrutada por aqueles dois pares de olhos...vale a experiência. Já a Geografia das Sombras, diretamente pensada para a Sala de Banquetes, foi um mergulho olímpico em contos de Edgar Allan Poe. A visualização dos pássaros no teto com suas sombras em movimento é.........vai visitar. Acredito que o único sentimento que esta exposição não irá causar é arrependimento. Até a próxima!!
BRAVO AILA! merecemos de iniciativas como a sua. Vale a pena investirmos na reflexão para que as exposições não fiquem apenas nos comes e bebes hehehee, mas, como sabemos, boa parte dos que vão, vão com esse objetivo. Então, muito boa sua reflexão sobre o trabalho do eder, grande artista. Confesso que a imagem projetada sobre uma moldura tb me incomodou, mas exatamente pelo grau de provocação e mistério que ela passa e nos permite refletir sobre a condição humana de subjugo ao Supremo Criador. É isso, o medo e a tolerancia transformam as pessoas em subalternas, dominadas pelo dominante e talvez seja isso que o Eder nos deseje alertar.
ResponderExcluirPerfeito equilíbrio: intelecto, humor e requinte. A postagem faculta uma excelente reflexão para o leitor. Parabéns pela iniciativa!
ResponderExcluirEu aaaaaaacho que esse vai ser o espaço digital mais visitado pela minha pessoaaa. AMEEEEEEEEEEEEEI a iniciativa e na divulgação fico eu: mais uma maria vernissage.
ResponderExcluirAdooooooooooooooro
Beijooocas