Matéria de Cassiano Elek Machado originalmente publicada no caderno Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo em 4 de dezembro de 2012.
Criado em 1929, pouco depois do "crash" da bolsa local, o Museu de
Arte Moderna de Nova York só teve sua primeira exposição de grande
público em 1965.
Foi "Responsive Eye" (olho receptivo), uma das mostras mais
importantes da história da op art. "Dezenas de milhares de pessoas já
vieram", diz em tom grave o jornalista Mike Wallace em documentário
sobre a exposição feito em 1966 por um estreante Brian de Palma.
O filme, que é exibido na mostra "Buzz", comprova uma das teses de Vik Muniz sobre a arte ótica.
"É uma das artes mais acessíveis. Qualquer um gosta, independentemente de sua formação."
A Bienal de Arte de São Paulo teve algumas comprovações disso.
Na edição de 1996, por exemplo, o predileto do público, com 37% dos
votos, foi o venezuelano Jesús Soto. Tanto ele quanto o outro grande
pioneiro venezuelano da arte op, Carlos Cruz-Diez, estão representados
em "Buzz".
A mostra também traz obras de precursores nacionais (e mundiais) no
gênero, como Abraham Palatnik (1928) e Almir Mavigner (1925).
Este último, radicado desde os anos 1950 na Alemanha, foi o único brasileiro a participar de "Responsive Eye", no MoMA.
"São dois gênios da arte brasileira, ainda sem o crédito adequado", diz Vik Muniz.
Bacana conhecer esses artistas. Dei uma olhada no google e vi como eles são talentosíssimos!
ResponderExcluirOs brasileiros citados deveriam ser melhor conhecidos!