domingo, 18 de novembro de 2012

Publicação no Blog Mulherzinha, de Paula Dultra.

http://www.blogmulherzinha.com/2012/11/cultura-o-que-e-que-bahia-tem-arte.html


A Bahia possui expressividade artística. E não falo aqui da capoeira, de carnaval, dos centros históricos ou caruru. Falo de artes visuais, de um mergulho no “pós-mídia”, dos tradicionais suportes à digitalidade.
Contudo, nos últimos 50 anos, Salvador -Terra da Bahia, saudoso Jorge- vive um hiato cultural. Os anos 1960 trouxeram uma explosão cultural com o Cinema Novo, o Tropicalismo, o Teatro dos Novos, Revista da Bahia e as Bienais, dentre outros fatos relevantes da história da cultura baiana. Viveu-se a Galeria Oxumaré, as Bienais de 66 e 68, os salões universitários e a Bienal do Recôncavo (ainda viva!).
E hoje? Venho acompanhando o cenário soteropolitano em pueris quatro anos, mas maduros o suficiente para perceber a pouca valorização da produção local. Tivemos sacudidas do que acontece mundo afora, e pudemos nos deliciar com pequenos bocados: Tunga, Waltércio Caldas, Joseph Beuys, recorte da 29ª Bienal, Rodin, mas faltou Bahia.
E a Bahia Contemporânea, de produções cosmopolitas, sem o estigma de chapéu de couro e unicamente matriz africana. Somos celeiro de produções interessantes, que aqui nascem, mas não adolescem. Fora do estado, e do país, nossos artistas seguem remunerados e reconhecidos, mas aqui a “exposição” é pífia, tida como elitizada e entendida por poucos. Mas, rechaços à parte, aqui cabe agora abrir uma janela, um espaço para falar sobre estes artistas baianos que merecem aplauso, crítica, discurso, feedback e pimenta. De baiana.
Beijos
Aila Canto

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